Thursday, 2 August 2007

agosto

agosto. O pico do verão e das férias. Volta de um regresso às raizes, há quem as ache podres ou em mau estado de conservação.
Eu, descendente ou parte do povo superior, palavras expressas pelo verdadeiro supra-sumo na sua altivez estupideira. Então não é que o sr acha que é um esforço financeiro astronómico praticar um acto que passou a ser legal e que foi referendado. Não se aguenta. Para contrapôr, há um rally na madeira cujo orçamento não me lembro mas que é quatro vezes superior ao necessário a providenciar as instituições de material e recurso necessários à actividade anual. Isto percebe-se???
O cúmulo é um deputada da assembleia regional (adivinhem de que partido!??) que brada aos céus que as mulheres devem é parir (nome técnico da coisa, não é uma depreciação minha... sim, que esta coisa de “dar à luz” não se aguenta. Então desde quando é que a tinóni das mulheres tem um casquilho??? Não é que seja o meu forte, mas não faltei ás aulas de anatomia no 9º ano) retomando... as mulheres devem parir e o lugar delas é em casa (nestes termos!!! Não percebi muito bem se a senhora deputada sofria de algum problema de transsexualismo. Se calhar é um homem num corpo de mulher... ou então é uma mutação genética, a caminho do povo superior ( a última vez que ouvi uma coisa destas houve 6.000.000 de pessoas que foram apagadas da existência) dando origem a um salto quântico na evolução da espécie.
Anyway... faz-me espécie.
Na madeira estava um calor de morrer. Uma humidade digna dos trópicos. O verdadeiro melaço. Tudo pegava. Saia do duche e.. não aguentava. 32º na madeira deve equivaler a 45º no alentejo. Valha-nos as noites que a temperatura baixava e lá soprava uma aragenm(zinha).
Devo dizer que venho com uma certa nostalgia (ou talvez inveja). É verdade: a qualidade de vida na madeira é alta. Tudo por uma questão simples. O mar a 2 passos. Tenho uma amiga, que é médica, trabalha em 50 sítios, faz formação, etc e tal anda sempre de um lado para outro que me diz (isto com sotaque madeirense) : “ ahhh, duarte... não há nada como a nossa ilha!!! (ainda não comprei acções) já viste? Então não é bom sair do centro de saude ás 6 da tarde e daí a 15 minutos estás na praia e dás um mergulho e apanhas sol até as sete e meia, oito, depois vais para casa e jantas e depois ainda podes trabalhar ou fazer outa coisa qualquer? Tenho de confessar que é verdade, às seis e meia da tarde o sol ainda está alto, muito alto. Tão alto que queima.
Agora de regresso ao porto, do meu aconchego.

2 comments:

Woman Once a Bird said...

Por outro lado, o mar sempre ali pode tornar-se também claustrofóbico. Por vezes, assemelha-se a gradeamento.
Enfim, deprimi também. ;)

Anonymous said...

Desculpa, mas no verão de Setembro também podes ir dar um mergulho às 6h nos mares transparentes do Porto/Matosinhos. Diz que agora já se pode...